segunda-feira, 23 de novembro de 2015


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Que alterações corporais o ser humano pode sofrer quando se isola em uma caverna? O pesquisador Julie Beck escreveu para o Jornal The Atlantic, reunindo uma série de pessoas, de diferentes partes, que haviam tido experiências incomuns com o sono. Entenda como isso pode dar pistas para a astronomia.
Uma suspeita parece tomar conta geral da pesquisa de Beck: quando o ser humano se depara com locais de baixa ou nenhuma luminosidade, como é o caso de algumas cavernas, os ciclos de sono ficam muito mais longos.
Um exemplo sobre esse tipo de estudo é famoso em todo mundo, os exploradores de cavernas Josie Laures e Antoine Senni viveram debaixo da terra, em cavernas separadas, durante meses na década de 1960.

Como nosso corpo se comporta ao ficar trancado numa caverna?

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No estudo de caso de Josie e Antonie, quando saíram da solidão e da caverna em que se encontravam, os dois tiveram confusões sérias de tempo, pois pensavam que havia passado muito menos tempo do que realmente aconteceu fora da caverna.
Alguma vezes Senni chegou a dormir por 30 horas de uma única vez. E por incrível que pareça, ao acordava acreditando que só havia cochilado alguns minutos.

Depoimento da caverna

É provável que, sem o nascer e o pôr-do-sol como guias naturais, os corpos perdem a noção de quantas semanas e dias estão passando, e de quando deveríamos dormir.
“Eu posso dizer-lhe que se tornou muito difícil no fim (…) No início da minha estadia eu lia, e então eu perdi a vontade. (…) Meu gravador se recusou a funcionar nos primeiros dias, mas depois eu consegui consertá-lo e ouvia música. Fora isso eu tricotava, tricotava e tricotava, e aguardava com expectativa o momento em que finalmente iria ver o sol”, contou Josie Laures ao Associated Press.

Como o entendimento do caso do isolamento na caverna pode auxiliar na astronomia?

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O estudo de Josie e Antonie foi encorporado como um sinal para a situação que astronautas precisam enfrentar em suas viagens longas e solitárias no espaço. Por conta das condições no foguete também não serem ideais devido a baixo luminosidade, uma preocupação constante da NASA é a qualidade da saúde e sono de seus tripulantes.
Existem diferenças consideráveis entre estar em uma viagem espacial e estar preso em uma caverna. Apesar disso, algumas aproximações podem ser realizadas, objetivando estudos.
Os pesquisadores confirmaram aquela teoria da procrastinação: quando não há mais nada a se fazer, nós simplesmente temos a tendência de dormir muito.
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As pesquisas mostram que os ciclos de sono podem se durar até 48 horas.
Fonte: ScienceAlertCrédito Fotos: Divulgação/Reprodução

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